terça-feira, 23 de outubro de 2012

O Sapo Silvino e a Rã Martinica




O Sapo Silvino e a Rã Martinica


 
Silvino o sapo se achava o tal
Na grande lagoa era o maioral
Vivia alardeando a sua beleza
A casa bonita, o ouro a riqueza


Não dava bom dia nem pra cotia
Banquete de insetos todos os dias
Na casa de luxo, de amigos vazia
Pensava assim,  sentir a alegria


A rã Martinica tentava ensinar
Ao sapo Silvino a compartilhar
O valor da  paz, da sincera amizade
A prática contínua da simplicidade.


De nada valia os sábios conselhos
Silvino se achava bonito no espelho
Zombava de todos sem sentir pena
Cego não via a  sua alma pequena


Até que um dia  sob sol escaldante
Assistiu a partida da  rã Martinica
Dizendo que iria para a Costa Rica
Na companhia de Estrela, a cotia.


Aos poucos os bichos se foram
A água sumira até nas barragens
Silvino se viu  de repente sozinho
Triste paisagem, escuro caminho.


Sozinho na margem da triste lagoa
Sentiu que assim a vida não é boa
Chorou  solitário diante do vazio
Saltou  apressado em busca do rio


No fim da tarde ao ver a água farta
Mudou  de atitude, buscou amizades
Fez-se  gentil, mostrou simplicidade
Aprendeu aos poucos sobre felicidade


Ninguém  será melhor que o outro
Tampouco é capaz de viver sozinho
Silvino aprendeu,   em tempo a lição
Hoje revela, um grande coração!



( Ana Stoppa)

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